Refletindo sobre a última semana

 

 Na semana passada, presenciamos o rompimento em alguns mercados, o rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos ultrapassou o nível de 3,6% discutido anteriormente, abrindo caminho para uma maior valorização do dólar. O índice DXY permanece acima de 103.

 

 

O S&P500 atingiu uma nova máxima do ano, ultrapassando os 4175 pontos.

O que esperar dessa semana

 

Nesta semana, toda a atenção estará voltada para o impasse em relação ao teto da dívida nos Estados Unidos. As negociações entraram em colapso na sexta-feira, mas sabemos que esse é o processo comum de negociação entre os dois partidos.

Também teremos os dados preliminares do PMI para a União Europeia, Reino Unido e Estados Unidos na terça-feira.

Na quarta-feira, o Banco Central da Nova Zelândia (RBNZ) voltará à mesa, e os mercados estão prevendo um aumento de 25 pontos-base na taxa de juros. Será que eles podem surpreender o mercado com uma postura mais hawkish e um aumento de 50 pontos-base?

Também na quarta-feira, teremos a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) no Reino Unido. As previsões indicam uma queda significativa devido à redução nos preços de energia devido à diminuição do consumo nos meses de verão.

Na quinta-feira, voltamos aos Estados Unidos para os pedidos de seguro desemprego e o PIB do trimestre anterior.

E, na sexta-feira, encerramos a semana com o índice de preços ao consumidor excluindo alimentos e energia (Core PCE) mês a mês.

Teremos muitos dados ao longo desta semana que poderão solidificar a quebra dos níveis recentes ou puxar os mercados de volta para suas faixas anteriores.

 Com a divulgação dos PMIs na terça-feira, podemos esperar movimentos significativos no EURJPY e GBPJPY, dependendo dos resultados. A possibilidade de queda é maior, mas isso exigiria resultados negativos em todos os indicadores.

Há também potencial de alta, mas seria necessário um fechamento substancial acima de 172,40 para confirmar essa tendência.

 

Com relação à divulgação do CPI do Reino Unido na quarta-feira, as previsões indicam uma queda significativa na inflação devido à redução no consumo de energia. Espera-se uma queda de quase 2 pontos-base, de 10,1% para 8,3%.

Enquanto discutimos a queda na inflação, os mercados ainda estão prevendo mais um aumento de 25 pontos-base na taxa de juros para junho. Para que o Banco da Inglaterra (BoE) interrompa os aumentos, acredito que seria necessário uma queda substancial no índice para que eles considerem essa possibilidade.

Uma leitura acima das expectativas continuará sustentando a valorização da libra esterlina (GBP), e uma queda significativa poderia colocar pressão adicional no GBP.

Teto da Dívida

 

 

O atual debate sobre o teto da dívida nos EUA está em andamento, com as negociações quebrando e reiniciando à medida que ambos os partidos demonstram seu poder. A data em que o Tesouro ficará sem dinheiro é nas próximas semanas, prevista para o início de junho. Um acordo precisa ser alcançado antes disso para evitar o fechamento do governo.

Já vimos esse cenário ocorrer 78 vezes antes e, infelizmente, para os mercados, sempre gera volatilidade e incerteza. Um cenário sem acordo não vale a pena considerar, pois seria catastrófico para o mercado de ações.

Este material é apenas para fins de informação geral e não se destina (e não deve ser considerado) como aconselhamento financeiro, de investimento ou outro em que se deve confiar. A INFINOX não está autorizada a prestar consultoria de investimento. Nenhuma opinião dada no material constitui uma recomendação da INFINOX ou do autor, de que qualquer investimento, título, transação ou estratégia de investimento em particular sejam adequados para qualquer pessoa específica.

Todas as negociações trazem riscos.